O termo core biópsia é utilizado para todo procedimento médico no qual uma pequena amostra de um tecido é retirada de um órgão de um ser vivo para avaliação microscópica à procura de doenças.
A core biópsia da próstata é feita, portanto, retirando-se uma pequena amostra da próstata para posterior avaliação em um microscópio por um médico patologista à procura de células tumorais.
Habitualmente, a biópsia da próstata é indicada quando o urologista suspeita da presença de um câncer da próstata após uma avaliação clínica e laboratorial inicial. Os principais dados que levam o urologista a indicar uma biópsia são:
- Exame de PSA elevado;
- Toque retal que identifique tumoração ou irregularidades na próstata;
- Ultrassonografia da próstata que detecte um nódulo suspeito.
A biópsia da próstata também pode ser realizada nos casos de vigilância ativa dos casos de câncer de próstata de baixo risco e clinicamente localizado. Nos pacientes com formas de câncer pouco agressivos, a repetição da biópsia da próstata é geralmente recomendada no primeiro ano, depois a cada dois a cinco anos, para descartar doenças de alto grau que não tenham sido detectadas na biópsia original.
Como é feita
O modo mais comum de se realizar uma core biópsia da próstata é pela via transretal, ou seja, através do ânus/reto. A core biópsia transretal é um procedimento simples, geralmente realizado no próprio consultório do urologista com o paciente acordado durante todo o procedimento e apenas com anestesia local. O procedimento é feito com o paciente deitado de lado e com os joelhos e quadril fletidos.
O urologista insere pelo ânus uma sonda de ultrassom, semelhante à sonda usada na ultrassonografia transretal da próstata, com a diferença de haver também acoplada uma agulha de core biópsia (acompanhe o texto com a ilustração abaixo).
Não se assuste, pois a agulha permanece o tempo inteiro “escondida”, sendo exteriorizada apenas na hora de se obter as amostras de tecido. O exame quando feito com anestesia é praticamente indolor, porém, ainda assim pode ser um pouco desconfortável para pessoas mais ansiosas.
Com o ultrassom o médico consegue identificar a próstata e a localização do(s) nódulo(s) suspeito(s), inserindo a agulha no ponto exato para coleta de material. Além dos locais suspeitos identificados pelo ultrassom, o urologista também costuma tirar pelo menos mais 6 amostras difusas de tecido prostático para aumentar a probabilidade de se obter uma amostra positiva. Quanto maior for o volume da próstata, mais amostras podem ser obtidas.
Normalmente, o procedimento não dura mais do que 10 minutos e o paciente pode ir para casa a seguir. O resultado costuma demorar uma semana para ficar pronto. Eventualmente, o paciente pode ter um câncer de próstata e esse não ser identificado pela core biópsia. Se o tumor não for muito grande, a agulha pode não pegá-lo, sendo obtidas apenas amostras de tecido prostático sadio.
Se o quadro clínico for muito sugestivo de câncer e a core biópsia apontar apenas tecido saudável, o urologista pode optar por repeti-la. Quando a core biópsia é repetida, o médico pode decidir pela chamada core biópsia de saturação, quando são obtidas entre 12 e 24 amostras da próstata. Deste modo, a chance de se pegar uma área acometida por células malignas torna-se bem grande.
A core biópsia da próstata também pode ser feita pela via transuretral (pela uretra, canal do pênis) ou transperineal (pelo períneo, região entre o ânus e a bolsa escrotal). Essas duas vias, porém, são usadas geralmente em casos especiais apenas.
Cuidados antes da core biópsia
A core biópsia da próstata aumenta o risco de infecção urinária, por isso, é comum o urologista solicitar uma urocultura antes da core biópsia para não fazê-la caso o paciente apresente bactérias na urina.
Se a urocultura for positiva, o paciente deve antes fazer um tratamento com antibióticos por 5 a 7 dias para esterilizar a urina. Mesmo estando a urocultura negativa, é recomendado o uso de pelo menos um comprimido de antibiótico, geralmente 500 mg a 1000 mg de ciprofloxacino, uma hora antes do procedimento. Também é comum a prescrição de antibióticos por alguns dias após a core biópsia.
Alguns urologistas indicam a lavagem intestinal com um enema para ser realizada no dia do procedimento em casa, porém, esta conduta não é essencial e nem todos os médicos a indicam.
- Um jejum de pelo menos 4 horas é indicado.
A core biópsia é um procedimento que sangra, os pacientes não devem estar tomando drogas que inibem a coagulação. Se você toma medicamentos como Clopidogrel, Ticlopidina, Aspirina, anti-inflamatórios ou Varfarina, alerte seu médico deste fato, pois a maioria dos urologistas prefere suspender estas drogas dias antes da core biópsia.
Se o paciente apresenta uma pressão grande e dificuldades para urinar, o médico costuma passar uma sonda vesical para impedir que o edema da próstata após a core biópsia obstrui totalmente a passagem da urina.
Cuidados após a core biópsia
Após a core biópsia o paciente pode ir para casa. Sugere-se evitar atividades físicas, incluindo atividade sexual até o dia seguinte. Como alguns médicos optam por uma sedação leve antes da core biópsia, não é indicado dirigir após o procedimento.
É normal haver um pouco de dor na região pélvica e uma pequena perda de sangue pelo ânus. Também é comum a presença de pequena quantidade de sangue na urina e no esperma por alguns dias. Outro achado não preocupante é uma mudança de cor do esperma por algumas semanas, ficando este geralmente mais claro.
Se o sangramento urinário ou retal for de grande quantidade ou persistir por mais de três dias, o médico deve ser consultado.
Outro sinal de complicação é a retenção urinária. Se após a core biópsia o paciente tiver vontade de urinar, mas não conseguir, deve-se contatar o urologista. Uma dor que se agrava em vez de melhorar com o passar dos dias ou a presença de febre também são sinais de possíveis complicações.
Referência: https://bityli.com/XJSw9
CEDIPI – Centro de Diagnóstico por Imagem, o melhor lugar para você fazer seus exames em Balneário Camboriú e região
A Clínica de ultrassonografia CEDIPI conta com confortáveis instalações e oferece modernas técnicas para exames de ultrassonografia em geral, Morfológica, Músculo-esquelético, Eco-doppler colorido com mapeamento vascular, incluindo biópsia de próstata, punção de tireóide, Core Biópsia e punção aspirativa de mama, assim como marcação pré-cirúrgica da mama.
Faça já seu orçamento pelo WhatsApp (47) 99684-0101 ou visite-nos na Rua 500, 245 – Balneário Camboriú, SC – CEP 88330-635.